Desta vez não vos vou falar sobre
um tema muito abrangente, sobre um tema grande, com muito por onde se lhe
pegar, como seria o caso por exemplo da Valentina Torres, vou falar-vos isso
sim de uma expressão linguística que me inquieta, porque confesso não a
percebo, que é basicamente aquela expressão do: Vamos fazer amor? Caríssimos,
como é que se faz amor? É assim uma coisa do género de fazer um bolo, copia-se
por um livro e depois misturam-se os ingredientes como eles mandam? Há quem
diga que sim… eu por acaso tenho o livro e até é giro… já parti variadíssimas
vezes a cabeça a fazer as mais acrobáticas…
Mas depois existem os mais
puritanos que insistem que o amor é um sentimento, mas esses mesmos puritanos
antes de adormecerem viram-se para a mulher e perguntam:
-“ Ó Adelaide, vamos fazer amor?”
Mas então o amor não é um
sentimento? Quem é que se vira para outra pessoa e pergunta:
-“Olha, anda cá fofinha vamos
fazer um sentimento.”
Ninguém diz isto como é evidente…
E como este outros, gostava de saber quem é que já se virou para um amigo ou
amiga, e lhe disse:
- “Olha chega aqui que eu hoje apetece-me
fazer amizade contigo.”
E depois o amigo(a) responde:
-“Ai, hoje não, doí-me muito a
cabeça.”
Ou então vão a uma instituição de
solidariedade e virem-se para os necessitados e digam:
- “Venham cá, hoje vou fazer
solidariedade com vocês.”
Ao que eles concerteza responderão:
-“Oops não podemos fazer solidariedade hoje…
estamos com o período.”
O que eu quero dizer com tudo
isto, para alem de que no fundo tenho muito pouco que dizer, é que, temos que
acabar com isto do fazer amor… sei lá forniquem, galem, comam as vossas
vizinhas, mas tenham paciência não façam amor… porque o amor não se faz…
compra-se feito e toda a gente sabe disso.
Outra coisa, é que isto do “ai
tal anda fazer amor”, é uma falácia que certamente já enganou muitas raparigas,
e muitas raparigas de boas famílias e bons princípios, que quando vão pela
primeira vez a um estabelecimento de diversão nocturna ao sair de casa a mãe lhes
adverte:
- “Cuidado com os matulões que só
querem sexo, foi assim que o teu pai me levou a primeira vez, tu só vais na
conversa dos rapazes se eles nutrirem por ti amor verdadeiro, ouviste?
Resultado, chegada ali ao meio
dos vampiros ávidos por sangue fresco (e quando falo em sangue é mesmo no
sentido literal da palavra), estas meninas estão perdidas e são de imediato extraviadas,
pelo primeiro galanteador que lhes diga:
- “ Ai tal, vamos fazer amor?”
E o que é que a miúda pensa :
- “Ui, tenho impressão que foi
isto que a mamã disse para eu fazer… Sendo assim siga… vamos lá”
E o que é que acontece a esta miúda
umas semanas depois, quando na presença da mãe for á primeira consulta de apoio
familiar á gravidez… recebe a merecida repreensão da mãe:
- Ah minha galdéria, és mesmo uma
rameira… sais bem á tua mãe!
E no fundo é só isto que eu tenho
para dizer…
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