quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Vamos fazer amor?



Desta vez não vos vou falar sobre um tema muito abrangente, sobre um tema grande, com muito por onde se lhe pegar, como seria o caso por exemplo da Valentina Torres, vou falar-vos isso sim de uma expressão linguística que me inquieta, porque confesso não a percebo, que é basicamente aquela expressão do: Vamos fazer amor? Caríssimos, como é que se faz amor? É assim uma coisa do género de fazer um bolo, copia-se por um livro e depois misturam-se os ingredientes como eles mandam? Há quem diga que sim… eu por acaso tenho o livro e até é giro… já parti variadíssimas vezes a cabeça a fazer as mais acrobáticas…
Mas depois existem os mais puritanos que insistem que o amor é um sentimento, mas esses mesmos puritanos antes de adormecerem viram-se para a mulher e perguntam:
-“ Ó Adelaide, vamos fazer amor?”
Mas então o amor não é um sentimento? Quem é que se vira para outra pessoa e pergunta:
-“Olha, anda cá fofinha vamos fazer um sentimento.”
Ninguém diz isto como é evidente… E como este outros, gostava de saber quem é que já se virou para um amigo ou amiga, e lhe disse:
- “Olha chega aqui que eu hoje apetece-me fazer amizade contigo.”
 E depois o amigo(a) responde:
-“Ai, hoje não, doí-me muito a cabeça.”
 Ou então vão a uma instituição de solidariedade e virem-se para os necessitados e digam:
- “Venham cá, hoje vou fazer solidariedade com vocês.”
 Ao que eles concerteza responderão:
 -“Oops não podemos fazer solidariedade hoje… estamos com o período.”
O que eu quero dizer com tudo isto, para alem de que no fundo tenho muito pouco que dizer, é que, temos que acabar com isto do fazer amor… sei lá forniquem, galem, comam as vossas vizinhas, mas tenham paciência não façam amor… porque o amor não se faz… compra-se feito e toda a gente sabe disso.
Outra coisa, é que isto do “ai tal anda fazer amor”, é uma falácia que certamente já enganou muitas raparigas, e muitas raparigas de boas famílias e bons princípios, que quando vão pela primeira vez a um estabelecimento de diversão nocturna ao sair de casa a mãe lhes adverte:
- “Cuidado com os matulões que só querem sexo, foi assim que o teu pai me levou a primeira vez, tu só vais na conversa dos rapazes se eles nutrirem por ti amor verdadeiro, ouviste?
Resultado, chegada ali ao meio dos vampiros ávidos por sangue fresco (e quando falo em sangue é mesmo no sentido literal da palavra), estas meninas estão perdidas e são de imediato extraviadas, pelo primeiro galanteador que lhes diga:
- “ Ai tal, vamos fazer amor?”
E o que é que a miúda pensa :
- “Ui, tenho impressão que foi isto que a mamã disse para eu fazer… Sendo assim siga… vamos lá”
E o que é que acontece a esta miúda umas semanas depois, quando na presença da mãe for á primeira consulta de apoio familiar á gravidez… recebe a merecida repreensão da mãe:
- Ah minha galdéria, és mesmo uma rameira… sais bem á tua mãe!
E no fundo é só isto que eu tenho para dizer…

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