Nunca deram por vocês, depois de
terminarem de ler o jornal e naquele momento que não têm nada para fazer, a ler
os anúncios que normalmente começam com a dica “Rabinho Gostoso” ou “Peito
XXL”, nas páginas centrais do jornal? Claro que não. Ninguém espera para
terminar de ler as noticias, aquilo é a primeira coisa que as pessoas vão ver.
Falo por mim, eu só compro jornais que tenham bons anúncios de praticantes da
nobre arte da prostituição. Ora como eu estou na Grécia, não sei ler
gatafunhada grega, nem tenho à minha disposição qualquer tipo de periódico com
o número de telefone com os números das badanas de Ermesinde, do Barreiro ou
afins, tive que aceder aos classificados on-line do JN para saciar o meu desejo
de ver devassidão. E cheguei a uma conclusão (que é uma coisa que já devem ter
reparado, eu não leio merda nenhuma sem chegar a uma conclusão), que os
anúncios das quengas já não são o que eram. Até há alguns anos atrás isto eram
meninas que se contentavam com qualquer tipo de clientela. Numa rápida vista de
olhos, basta-me olhar para o anúncio das primeiras oito, e só aqui quatro delas
exigem homens de requinte. Ou seja, 50% das senhoras que disponibilizam a sua
vagina para uso alheio a troco de dinheiro querem homens de classe. O que se
torna mais difícil, visto que falamos de homens de classe que vão às putas (eu
só utilizei esta palavra porque eu não vou ás putas, logo não preciso de ter
classe). Classe e sífilis, duas palavras que aliás desde o inicio dos tempos
andam de mãos dadas. Quem tiver uma e lhe quiser dar o uso apropriado, que é
conviver com meninas que por 4500 logins eram virgens, provavelmente vai
apanhar a outra. Mas atenção, nestas páginas também existe conteúdo
publicitário de excelente qualidade, e oferta variada. É verdade que temo muita
oferta que só veicula o rabo, vá… os tetos e a vagina, ainda assim existem
algumas pessoas no ramo que procuram oferecer algo mais, como por exemplo duas
amigas do Porto que começam o seu anúncio com a frase: “Vem passar momentos
delirantes com duas amigas famintas de sexo!”. Para começar parece-me estranho
que duas pegas estejam famintas de sexo: “Eh pah ó Sandrinha ainda só fiz 5
serviços hoje, o último já foi à meia hora atrás, estou toda a arder, parece
que não copulo à mais de três quartos de hora…”, e imagino que deva ser isto. E
depois a parte do bem passar momentos delirantes. É interessante, e proporciona
histórias de devera comicidade. No outro dia até podemos chegar ao pé dos
nossos amigos e dizer: “Eh pah oh Arnaldo, ontem fui às putas, foi delirante, o
que eu não me ri com aquelas malucas, quando me lembro daquela piada do inglês,
do francês e do português, quase que me mijo de tanto rir!”. E depois também há
as que tentam puxar pelo intelectual da clientela e enchem os seus anúncios de
metáforas, como estas três amigas do Porto que dizem isto: “Aparece para um bom
O… até ao fim, chuva dourada, botão de rosa, tudo ao natural”. Meus amigos se
isto não é filosofia e literatura ao mais alto nível, então não sei o que é… (e
quando digo isto não sei mesmo o que é… para os experts da matéria que me
quiserem explicar o que é uma chuva dourada, um botão de rosa e um bom O,
estejam á vontade não digo nada às vossas namoradas…).
Para terminar tenho
apenas uma questão que já me vem apoquentando á uns anos largos: que raio são
aqueles anúncios que começam com a premissa: “Primeira vez!”. Isto é má
publicidade… quem quiser ser o primeiro e alguém com quem fazer a dita
“primeira vez”, tem que falar com alguém que esteja por dentro de outro tipo de
ramo, embora na mesma área, e conheça raparigas e se dê bem com elas que sejam
realmente principiantes e inocentes… sei lá… deixa ver se me lembro de alguém
assim… o… ai que o nome me está a escapar… Como é que se chamava aquele gajo
que apresentava o 123?
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