sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Anunciantes de grande calibre




Nunca deram por vocês, depois de terminarem de ler o jornal e naquele momento que não têm nada para fazer, a ler os anúncios que normalmente começam com a dica “Rabinho Gostoso” ou “Peito XXL”, nas páginas centrais do jornal? Claro que não. Ninguém espera para terminar de ler as noticias, aquilo é a primeira coisa que as pessoas vão ver. Falo por mim, eu só compro jornais que tenham bons anúncios de praticantes da nobre arte da prostituição. Ora como eu estou na Grécia, não sei ler gatafunhada grega, nem tenho à minha disposição qualquer tipo de periódico com o número de telefone com os números das badanas de Ermesinde, do Barreiro ou afins, tive que aceder aos classificados on-line do JN para saciar o meu desejo de ver devassidão. E cheguei a uma conclusão (que é uma coisa que já devem ter reparado, eu não leio merda nenhuma sem chegar a uma conclusão), que os anúncios das quengas já não são o que eram. Até há alguns anos atrás isto eram meninas que se contentavam com qualquer tipo de clientela. Numa rápida vista de olhos, basta-me olhar para o anúncio das primeiras oito, e só aqui quatro delas exigem homens de requinte. Ou seja, 50% das senhoras que disponibilizam a sua vagina para uso alheio a troco de dinheiro querem homens de classe. O que se torna mais difícil, visto que falamos de homens de classe que vão às putas (eu só utilizei esta palavra porque eu não vou ás putas, logo não preciso de ter classe). Classe e sífilis, duas palavras que aliás desde o inicio dos tempos andam de mãos dadas. Quem tiver uma e lhe quiser dar o uso apropriado, que é conviver com meninas que por 4500 logins eram virgens, provavelmente vai apanhar a outra. Mas atenção, nestas páginas também existe conteúdo publicitário de excelente qualidade, e oferta variada. É verdade que temo muita oferta que só veicula o rabo, vá… os tetos e a vagina, ainda assim existem algumas pessoas no ramo que procuram oferecer algo mais, como por exemplo duas amigas do Porto que começam o seu anúncio com a frase: “Vem passar momentos delirantes com duas amigas famintas de sexo!”. Para começar parece-me estranho que duas pegas estejam famintas de sexo: “Eh pah ó Sandrinha ainda só fiz 5 serviços hoje, o último já foi à meia hora atrás, estou toda a arder, parece que não copulo à mais de três quartos de hora…”, e imagino que deva ser isto. E depois a parte do bem passar momentos delirantes. É interessante, e proporciona histórias de devera comicidade. No outro dia até podemos chegar ao pé dos nossos amigos e dizer: “Eh pah oh Arnaldo, ontem fui às putas, foi delirante, o que eu não me ri com aquelas malucas, quando me lembro daquela piada do inglês, do francês e do português, quase que me mijo de tanto rir!”. E depois também há as que tentam puxar pelo intelectual da clientela e enchem os seus anúncios de metáforas, como estas três amigas do Porto que dizem isto: “Aparece para um bom O… até ao fim, chuva dourada, botão de rosa, tudo ao natural”. Meus amigos se isto não é filosofia e literatura ao mais alto nível, então não sei o que é… (e quando digo isto não sei mesmo o que é… para os experts da matéria que me quiserem explicar o que é uma chuva dourada, um botão de rosa e um bom O, estejam á vontade não digo nada às vossas namoradas…). 
Para terminar tenho apenas uma questão que já me vem apoquentando á uns anos largos: que raio são aqueles anúncios que começam com a premissa: “Primeira vez!”. Isto é má publicidade… quem quiser ser o primeiro e alguém com quem fazer a dita “primeira vez”, tem que falar com alguém que esteja por dentro de outro tipo de ramo, embora na mesma área, e conheça raparigas e se dê bem com elas que sejam realmente principiantes e inocentes… sei lá… deixa ver se me lembro de alguém assim… o… ai que o nome me está a escapar… Como é que se chamava aquele gajo que apresentava o 123?

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