Polémica em volta do(s) Bruxo(s)

O TIOrias tem uma teoria, pois é, abram lá a boca de espanto. Mas não é uma teoria qualquer atenção, é algo polémico e que irá com certeza gerar mais controvérsia em torno dela do que o próprio código do trabalho (se bem que acho que a CGTP não se vai meter nisto). E o meu campo de análise é a bruxaria. Seria um tema que por si só já teria água para fazer correr muitos moinhos, mas a minha perspetiva, como sempre aliás, vai um pouco mais além. Dito isto aqui fica registado: Em Portugal não existem bruxos, existe, isso sim, um único bruxo. Pumba e já está por esta altura a cair o Carmo e a Trindade. Eu explico, também não quero que pensem que digo as coisas para o ar e depois deixo ficar isto assim. É que se vocês repararem bem nos anúncios destes magos que curam tudo, tratam mais coisas que o próprio Cillit Bang, eles são todos iguais. Só muda o nome. Porque depois é tudo igual: tratam de maleitas amorosas, maleitas financeiras, mau-olhado, maleitas familiares, maleitas de gente que não consegue ter filhos, gente possuída, computadores sem antivírus… tudo! E normalmente explicam isto, todos pelas mesmas palavras. Por isso das duas uma, ou o bruxo é o mesmo ou têm todos o mesmo publicitário. A segunda hipótese não me parece fiável, se há gente que investiria em publicidade se houvesse concorrência eram os bruxos. Mas aí é que está: não existe concorrência. Porque é o mesmo. Só há um! Por isso desenganem-se, o Professor Tigi, o Professor Diaha, o Pacheco Pereira (tem a mania que sabe tudo também), o Professor Hadja, o Professor Massu e por aí fora, são uma só e a mesma pessoa. É verdade. Eu sei que muito devem estar a pensar: “Mas então como é que um é de Lisboa, outro é de Faro e outro de Viana do Castelo e conseguem marcar consultas e estar em todo lado?”. É simples. Eles são bruxos! Duas palavras baixinho bem ditas a uma vassoura em Hebraico, montam no cabo e vão de Braga a Portalegre em cinco minutos, e se os calços dos travões da vassoura não estiverem em condições já só param em Badajoz (o que traria problemas diplomáticos porque ali já é área do bruxo de Espanha). Por isso abram os olhos para esta realidade e não se deixem enfeitiçar por esta vergonha. Queremos mais bruxos. Isto tornou-se um monopólio, e hoje este individuo pode praticar os preços que bem entender, porque ninguém lhe faz concorrência. Não tarda nada mete uma tabela de preços astronómica e o pobre já não pode ir ó bruxo. Agora parte de vocês terem essa consciência e saberem se querem viver numa sociedade em que só as pessoas ricas é que podem tratar problemas na coluna com dois búzios e três paus de incenso.

Para terminar deixem só dizer-vos que foi revigorante ver o anúncio do Mestre Buba… Parece-me interessante que o Professor Massu tenha um alter-ego catedrado…